O que significa reprocessar?

Reprocessar é o procedimento que permite assegurar que alguns dispositivos médicos considerados de uso único, possam voltar a ser utilizados após a sua primeira utilização, com igual eficácia e segurança.  

 

 

Ciclo de um dispositivo médico reprocessado:

 


 

Lavagem inicial: Esta fase inicia-se nas próprias instalações das unidades de saúde após a utilização dos equipamentos. O staff de cada unidade é encarregue de limpar os aparelhos e colocá-los em sacos de plástico identificados pela etiqueta original do dispositivo. Por sua vez, os sacos são embalados em caixas próprias de forma a facilitar o seu transporte para as instalações da empresa reprocessadora.

 

Identificação: O reprocessador identifica univocamente cada dispositivo que recebe, gravando nele a laser, um código que permite gravar várias informações, tais como: o nome do seu fabricante, o número de vezes que o dispositivo foi reprocessado, a data de validade e um número de identificação. O número de identificação permite o rastreamento simples e imediato do dispositivo ao longo de todo o processo, caso seja necessário.

 

Limpeza: o dispositivo é submetido a uma lavagem industrial, que varia de acordo com as características de cada DMUU. Os DMUU são sujeitos a uma limpeza enzimática, lavado à mão e vaporizado, de forma a remover todas as partículas indesejáveis. 

 

Avaliação Funcional: nesta fase os dispositivos estão sujeitos a vários tipos de testes que confirmam a funcionalidade, isolamento e deteção de defeitos, de acordo com as características inerentes ao bom funcionamento dos DMUU. Caso se detete um defeito em algum dispositivo, este será imediatamente rejeitado.

 

Esterilização: Após os DMUU serem inspecionados, é feita a esterilização dos dispositivos de forma a permitir a sua reutilização. Esta esterilização é feita de acordo com os padrões internacionais reconhecidos, nomeadamente a ISO 13485-2010.

 

Transporte: uma vez terminado o tratamento de reprocessamento e processo de embalagem dos DMUU, os dispositivos estão prontos para serem enviados de volta às unidades de saúde.

 

TODOS OS PROCEDIMENTOS ESTÃO CERTIFICADOS DE ACORDO COM A NORMA EUROPEIA ISO 13485-2010.

 

É importante não confundir reprocessamento com reesterilização. O processo de reprocessamento obedece a um conjunto de requisitos e protocolos previamente validados que asseguram o desempenho funcional, a biocompatibilidade, a esterilidade e a segurança do dispositivo médico. De assinalar que nos dispositivos submetidos a reprocessamento, o controlo de qualidade é feito em cada dispositivo, ao contrário do que acontece na indústria original, em que o controlo é efetuado por amostragem. Este facto pode explicar a existência de menos declarações de avaria nos DMUU reprocessados, comparativamente aos originais.